Depois de:
- os violadores terem a culpa atenuada porque as vitimas invadiram a "coutada do macho latino"
- a legitimação de “bofetadas” e “estaladas” em crianças em instituições
- o pai adoptivo de uma criança, que se sujeita a ir preso para a defender de ser entregue a um "pai biológico" (que a rejeitou) como se de uma peça de mobilia se tratasse, acusado de tratar a criança como um "animal de estimação".
agora:
Foi reduzida a pena a
"um homem condenado por três crimes de abuso sexual de crianças na forma tentada, pelo crime de abuso sexual de criança através de conversa obscena e pelo crime de abuso sexual de criança na forma continuada, de um menor de 13 anos"
“Aceitou sete vezes ir ter com o arguido. O tribunal deu como provado que foi por medo. Mas ele não podia ter dito que não?”, interroga-se o juiz
“A realidade diferencia as situações. Uma criança de cinco, seis ou sete anos não tem erecção e esta teve. Logo são situações que não podem ser graduadas da mesma forma.”
“É inequívoco que é diferente violar uma criança de cinco anos e outra de 13. Agora o que me parece é que a sociedade não olha para as crianças e jovens como sementes do futuro e os juízes espelham essa mesma sociedade. Basta ver que houve pais que não apresentaram queixa. Entenderam que não deviam defender os filhos”.
"Lê-se no acórdão do Supremo que a imagem social do arguido foi prejudicada pelo processo dado o forte impacto que os crimes tiveram em Celorico de Basto"
"No seu quotidiano, o arguido também privilegiava os momentos passados em contexto familiar e no exercício da sua actividade profissional, mantendo escassas e pouco aprofundadas relações de amizade e convivência social. Mas beneficiava de uma positiva integração ao nível comunitário, sendo a sua imagem social globalmente positiva."
Isto quer dizer o quê?
Que consideram que a criança por já ter idade para ter erecções gostou de ter sido abusada sexualmente por um adulto?
Que a criança aceitou ir com o agressor por medo e portanto não é corajoso o suficiente para dominar um adulto que o ameaça?
Como houve pais que não apresentaram queixa ( talvez para pouparem os filhos a apreciações destas) os juízes também não devem defender as vitimas?
A imagem social de um abusador de crianças, é um factor a ter em conta?
A vida social e familiar de muitos psicopatas que mataram dezenas de pessoas também era, segundo a a familia e os vizinhos, muito normal e pacata. Será que lhes deveriam ter reduzido a pena por isso?
Que gente é esta?
Que seres humanos são estes que são supostos julgar e facultar justiça?
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